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Jurassic Park: 100% ficção ou uma realidade possível?

“Será que é possível trazer os dinossauros de volta à vida?”. Toda pessoa que assistiu Jurassic Park pelo menos uma vez na vida com certeza já fez essa pergunta. No primeiro filme da franquia, um cientista consegue a proeza por meio de um inseto que continha DNA dos répteis extintos. Embora a premissa pareça factível, aplicá-la na prática é um pouco mais complicado, como vamos ver a seguir.

É Possível Clonar Dinossauros?

Quando certos tipos de plantas sofrem lesões, liberam um fluido espesso e nutritivo conhecido como seiva. Se essa seiva escorrer e capturar um animal, ou se um animal pousar sobre ela, ele pode ficar preso e acabar morrendo no local. Com o passar do tempo, a seiva passa por um processo chamado polimerização, endurecendo até se transformar em uma substância conhecida como âmbar. O âmbar, devido à sua beleza, tornou-se uma matéria-prima valiosa para a criação de objetos decorativos, o que aumentou significativamente seu valor comercial. Isso também levou ao contrabando de fósseis preservados em âmbar.

Para a ciência, o âmbar que contém fósseis tem um valor incalculável, pois oferece uma janela única para um passado remoto, datado de dezenas a centenas de milhões de anos atrás. Foi precisamente a descoberta de insetos preservados em âmbar que inspirou o escritor Michael Crichton a escrever Jurassic Park, a partir de uma premissa intrigante: e se encontrássemos um inseto de 66 milhões de anos cuja última refeição antes de ser preso pela seiva fosse o sangue de um dinossauro? E se os cientistas pudessem extrair material genético dos dinossauros a partir desse sangue e, assim, cloná-los?

Embora essa ideia fosse altamente especulativa, ela era fascinante e, na época, não havia pesquisas científicas suficientes para descartar essa possibilidade. Muitos cientistas se empenharam em tentar extrair DNA de dinossauros a partir de seus fósseis ou de insetos preservados em âmbar. Um exemplo notável é Jack Horner, que, após trabalhar no filme de Spielberg, recebeu uma bolsa da National Science Foundation para explorar essa possibilidade.

Porém, as conclusões obtidas por todos esses esforços foram bastante desanimadoras. A extinção dos dinossauros ainda é um tema de debate científico, mas há um consenso de que ocorreu há aproximadamente 66 milhões de anos, e acredita-se que o principal evento responsável foi a colisão de um asteroide com a Terra, na Península de Yucatán, no México, onde hoje existe uma enorme cratera de mais de 25 mil quilômetros quadrados.

Obstáculo Temporal

O grande problema é que a molécula de DNA se degrada com o tempo, mesmo quando preservada em âmbar. Pesquisas indicam que, a cada 521 anos, metade do DNA é perdida. Isso significa que, em cerca de mil anos, restam apenas 25% do DNA original; após 10 mil anos, não sobra mais do que 0,0001% do DNA. Portanto, imaginar a quantidade de DNA de dinossauro que poderia ser extraída de uma amostra de 66 milhões de anos é inviável. Esse plano, assim, mostrou-se impraticável.

Horner não desistiu de sua obsessão por recriar dinossauros. O paleontólogo voltou-se para uma nova estratégia: partir de um animal existente, evolutivamente próximo dos dinossauros, como algumas aves, e, por meio de engenharia reversa, modificá-lo geneticamente para trazer de volta características físicas dos dinossauros.

Isso é possível porque, embora a evolução tenha transformado as espécies ao longo do tempo, levando ao surgimento de novas formas de vida, essas mudanças nem sempre ocorreram pela perda de genes, mas muitas vezes pela sua inativação. Existem animais que ainda possuem genes inativos que remontam a milhões de anos. Em 2006, por exemplo, cientistas conseguiram ativar genes em uma espécie de galinha que fizeram com que ela desenvolvesse dentes.

No entanto, embora existam genes ancestrais em espécies atuais, muitos deles não estão mais presentes. Além disso, a ativação desses genes pode afetar todo o organismo do animal, tornando sua vida inviável, como foi o caso da galinha.

Até agora, todas as tentativas de recriar um dinossauro em laboratório não tiveram sucesso. E, ao assistir aos filmes e considerar os possíveis problemas ecológicos e éticos envolvidos na recriação de animais extintos, essa impossibilidade até traz certo alívio. Felizmente, temos a ficção científica, que nos permite ignorar certas barreiras científicas e tecnológicas, abrindo espaço para a imaginação e permitindo que vejamos essas criaturas nas telas do cinema.

Ficção x Realidade

jurassicpark

Apesar da consultoria de Horner, nem tudo nos filmes é cientificamente correto, seja pela falta de conhecimento na época, seja por escolhas artísticas. Um primeiro problema apontado por divulgadores de ciência e paleontólogos está no próprio título. Os dinossauros habitaram a Terra durante a Era Mesozoica, mais especificamente nos períodos Jurássico (de 201 a 145 milhões de anos atrás) e Cretáceo (de 145 a 65 milhões de anos atrás). No entanto, muitos dos dinossauros representados no filme não viveram durante o período Jurássico. Enquanto o braquiossauro, o estegossauro e o dilofossauro realmente existiram durante o Jurássico, outros, como o tiranossauro, o tricerátops e o velociraptor, surgiram apenas no Cretáceo. Talvez Mesozoic Park fosse um título mais acurado, embora bem menos cativante e comercial.

Outra discrepância está no dilofossauro, aquele simpático dinossauro que abre uma espécie de colar ao redor do pescoço, semelhante ao lagarto-de-gola, e cospe veneno, causando a morte de um personagem no filme. Não há, até hoje, nenhuma evidência que sustente essas características. Além disso, estudos indicam que o dilofossauro não era pequeno como mostrado no filme, mas sim um predador perigoso e um dos maiores animais terrestres da América do Norte no início do período Jurássico.

Outro dinossauro que não foi retratado com precisão é o velociraptor. Embora fosse extremamente feroz e rápido, como um leopardo, esse dinossauro era muito menor do que suas representações cinematográficas sugerem. Registros fósseis indicam que esse carnívoro mal chegava a um metro de altura, sendo mais baixo do que a cintura de um adulto.

Além disso, suas patas dianteiras não eram voltadas para baixo, em formato de gancho, como geralmente é mostrado. Evidências apontam que as mãos dos terópodes (grupo que inclui os velociraptores) eram voltadas para dentro, como se estivessem sempre prestes a aplaudir. Estudos mais recentes de diversos fósseis encontrados nas últimas décadas levaram os paleontólogos a concluir que muitos dinossauros provavelmente tinham penas, assim como as aves modernas.

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