Detective Comics ou simplesmente DC. Criada ainda na década de 30, a DC Comics é uma das maiores editoras de quadrinhos do mundo e que tem personagens icônicos na cultura ocidental. E, hoje, vamos saber mais sobre a história da casa de Batman, Superman, Mulher Maravilha e muitos outros heróis tão amados por nós.
Origem
Em 1935, Major Malcolm Wheeler-Nicholson fundou a editora de quadrinhos conhecida como National Allied Publications. Pouco tempo depois, ele lançou outras duas editoras: New Comics e Detective Comics. Foi esta última que apresentou ao mundo as histórias do Batman em 1939. No entanto, em 1940, a National Comics enfrentava dificuldades financeiras e tinha problemas para se estabelecer no mercado, encontrando resistência nas bancas de revistas por ser uma editora desconhecida.
A virada para a empresa veio com o lançamento da Detective Comics em 1937, que apresentou uma série de antologias que capturaram a atenção dos leitores, especialmente a partir da edição 27, quando Batman foi introduzido. Naquela época, Major Wheeler-Nicholson já havia deixado a empresa, que estava sob a direção de Harry Donenfeld e Jack S. Liebowitz. Estes dois foram fundamentais para o início da Era de Ouro dos quadrinhos, durante a qual surgiram personagens icônicos como Superman (1938), Batman e Robin (1939 e 1940), Lanterna Verde (1940), Mulher Maravilha (1941) e Aquaman (1941).
Em 1944, os personagens da DC estavam divididos entre a National Allied Publications e a Detective Comics Inc., ambas pertencentes aos mesmos sócios. Decidiram então fundir as duas empresas sob o nome National Comics, mas o logotipo trazia as iniciais da Detective Comics, DC, e a editora passou a ser conhecida por este nome. Além das histórias de super-heróis, a DC começou a publicar ficção científica, faroeste, humor e romance, especialmente no início da década de 1950, quando o interesse por super-heróis diminuiu.
No entanto, em 1952, a estreia do seriado “As Aventuras do Super-Homem” na televisão trouxe novamente a atenção para os super-heróis da DC. Durante essa época, o Flash foi reformulado, ganhando uma nova identidade diferente da Era de Ouro. A DC percebeu então a oportunidade de fazer o mesmo com outros personagens.
Pioneirismo
A empresa que se tornaria a DC Comics foi fundada em 1934, enquanto a primeira publicação da Marvel apareceu em 1939, quando a editora ainda era conhecida como Timely Publications. Os primeiros heróis da Marvel foram o Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino. Curiosamente, a primeira criação de Stan Lee na Marvel foi o Quarteto Fantástico, em colaboração com o artista Jack Kirby. Goste ou não, a DV é pioneira no mundo dos HQs.
Era de Ouro
A Era de Ouro da DC Comics se refere a um período significativo na história dos quadrinhos, que abrangeu desde a década de 1930 até meados dos anos 1950. Durante esse tempo, a DC Comics, então chamada National Allied Publications, foi responsável pela criação de diversos personagens icônicos e estabeleceu o gênero de super-heróis como uma força dominante no mundo dos quadrinhos. Esse período viu o surgimento de heróis lendários como Superman (1938), Batman (1939), Mulher-Maravilha (1941) e Flash (1940), entre outros. Esses personagens se tornaram a base do universo DC e foram fundamentais para a identidade da editora. O sucesso desses heróis levou ao surgimento de outros personagens, como Lanterna Verde, Aquaman e Mulher-Gato.
Era de Prata
A nova era dos quadrinhos tinha como proposta modificar as origens dos personagens já conhecidos pelo público. Além do Flash, o Lanterna Verde, por exemplo, trocou sua lanterna mística por um anel poderoso utilizado pela polícia intergaláctica.
Para ampliar seu acervo, a DC adquiriu outras editoras, como Quality Comics (proprietária do Homem-Borracha e Falcão Negro), Fawcett Comics (criadora da Família Marvel) e Charlton Comics (Besouro Azul, Sombra da Noite, Pacificador e Capitão Átomo). Na década de 1960, a DC Comics foi responsável pela criação da Liga da Justiça da América e do conceito de multiverso nos quadrinhos. Esses desenvolvimentos aumentaram ainda mais a popularidade da editora, que alcançou um novo patamar quando Batman ganhou um seriado de TV em 1966. A partir daí, a DC foi adquirida pela Warner e entrou nos cinemas com o filme Superman, em 1978.
Renascimento
O “Renascimento da DC Comics” é uma iniciativa editorial que a empresa lançou em 2016. Essa estratégia tinha como objetivo revitalizar e realinhar seu universo de quadrinhos, trazendo de volta elementos clássicos e reintroduzindo personagens e histórias que haviam sido modificados ou deixados de lado em versões anteriores. Esse renascimento aconteceu após o evento de crossover “Os Novos 52“, realizado em 2011, que trouxe uma reformulação significativa do universo DC. Embora “Os Novos 52” tenha tido sucesso em alguns aspectos, recebeu críticas dos fãs, que sentiram que os personagens haviam sido descaracterizados ou afastados de suas origens.
Multiverso DC
O Multiverso DC é um conceito central na mitologia dos quadrinhos da DC Comics, representando a existência de múltiplas realidades e versões dos personagens da DC em universos paralelos. Essa ideia foi introduzida para justificar as diferentes interpretações dos personagens e permitir histórias independentes, além de explorar diversos cenários. O conceito do Multiverso DC foi estabelecido em 1961 com a publicação de “Flash of Two Worlds” na edição número 123 de “The Flash”. Nesta história, foi revelado que o Flash da Era de Ouro (Jay Garrick) e o Flash da Era de Prata (Barry Allen) existiam em universos paralelos. Esse encontro inaugurou a ideia de que personagens de diferentes períodos e realidades poderiam interagir.
DC No Brasil
A presença da DC Comics no Brasil teve início na década de 1960, quando suas histórias em quadrinhos começaram a ser publicadas no país. A primeira editora responsável por trazer esses quadrinhos foi a Editora Brasil-América (EBAL), que lançou títulos como “Superman” e “Batman” em revistas dedicadas. Nos anos seguintes, outras editoras brasileiras também passaram a publicar as histórias da DC, com destaque para a Editora Abril, que se tornou uma das principais responsáveis por popularizar os super-heróis entre os leitores brasileiros. A Editora Abril lançou diversas revistas, incluindo “Superman”, “Batman”, “Liga da Justiça” e muitas outras.
DC Nos Cinemas
Com aproximadamente dez anos desde seus primeiros passos, o Universo da DC nos cinemas enfrentou mais desafios do que sucessos. Entre trocas de diretores, cancelamentos precoces e reboots de última hora, a única certeza sobre a DC Studios é a constante incerteza. Para tentar entender o que não deu certo nesse universo compartilhado, listamos aqui os maiores erros da DC no cinema.
O Grande Erro
O Universo Cinematográfico da Marvel começou em 2008. Cinco anos depois, a DC Studios lançou sua primeira tentativa de universo compartilhado com “O Homem de Aço”. Com pequenas referências a outras histórias dos quadrinhos, o filme demonstrava o interesse da Warner Bros. em criar um império semelhante ao da Marvel Studios.
No entanto, nesse desejo de construir rapidamente um vasto universo cinematográfico, a DC acabou saltando etapas cruciais. De “Batman v Superman”, passamos diretamente para “Mulher-Maravilha” e “Liga da Justiça”. Apesar do carisma de alguns personagens, havia uma falta de coesão que tornava questionável a produção de filmes como “Esquadrão Suicida”. Enquanto a Marvel pavimentava seu caminho com cuidado até Thanos e “Vingadores: Ultimato”, a trajetória da trindade da DC parecia incerta, revelando que o estúdio compreendia a “fórmula”, mas não sabia como aplicá-la corretamente.
A DC Está Viva
Ainda assim, nada disso foi capaz de derrubar a DC: a marca segue entre as gigantes da cultura geek e com uma legião de fãs. E, para brindar esses fãs, a HBO Max lançou um documentário incrível sobre a história da DC que você pode conferir aqui.
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