“Meninos vestem azul, meninas vestem rosa”. Que frase mais ultrapassada, né? Após as transformações trazidas pela pandemia, o rosa tem sido amplamente utilizado como uma cor que evoca alegria e otimismo, independente de gênero.
Vem com a gente saber mais sobre a história dessa cor que é a mais simpática de todas!
Origem
Embora o rosa tenha entrado oficialmente na lista das cores reconhecidas apenas no final do século XVII, já existem menções a essa tonalidade em textos literários que datam de 800 a.C. A cor rosa ganhou destaque na história da arte, muitas vezes associada à religião.
No século XIII, por exemplo, artistas como Duccio e Cimabue retrataram o Menino Jesus vestido de rosa, cor que simbolizava o corpo de Cristo. Posteriormente, a cor foi utilizada para representar a Virgem Maria nas obras de Fra Angelico.
No universo da moda, o rosa foi imortalizado pelas escolhas de figuras icônicas como Madame Pompadour e Maria Antonieta, que introduziram a cor no vestuário da nobreza francesa. A partir desse ponto, o rosa passou a ser visto como uma cor de sofisticação e exclusividade.
Significado
O rosa, além de sua ligação com a moda e a nobreza, carrega significados profundos e variados. Tradicionalmente associado ao feminino, à delicadeza e ao romantismo, ele também representa pureza e ternura, frequentemente visto em contextos relacionados à infância e aos sonhos.
A cor também é usada em expressões como “mundo cor-de-rosa” ou “futuro cor-de-rosa”, referindo-se à idealização de um cenário perfeito e encantado. Contudo, suas nuances trazem diferentes conotações: os tons mais claros remetem ao amor e à serenidade, enquanto os mais escuros, como o rosa choque, são vistos como símbolos de sensualidade e ousadia.
Para quem se interessa pelo simbolismo das cores no Ano Novo, o rosa pode ser uma excelente escolha, pois é frequentemente associado ao fortalecimento de relações amorosas, ao equilíbrio emocional e ao aumento da autoestima.
Cor de Menina?
A ideia de que o rosa é uma cor exclusiva para meninas se consolidou entre os anos 1930 e 1940, impulsionada por estratégias comerciais.
Vendedores notaram que os clientes estavam cada vez mais comprando rosa para as meninas e azul para os meninos, transformando essa tendência em uma norma rígida nas décadas seguintes.
Antes disso, o rosa era frequentemente visto como uma cor masculina, especialmente por sua proximidade com o vermelho, uma cor associada à força.
A Cor Rosa Ao Longo Dos Séculos
Século XV
O rosa atingiu grande popularidade na arte do Renascimento, como exemplificado na pintura A Anunciação, de Fra Angelico (1395-1455), que retrata o Arcanjo Gabriel com um manto rosa.
Essa cor era escolhida para simbolizar o corpo e o sangue, conferindo à figura angelical uma conexão simbólica com a humanidade e a espiritualidade.
Século XVII
Durante o século XVII, em Londres, a palavra “pinked” era utilizada como uma gíria para descrever alguém que havia sido esfaqueado, em referência ao sangue derramado.
Embora não se saiba exatamente quando o termo “pink” passou a designar a cor e não a ferida, essa ligação entre o rosa e o sangue também fez com que a cor assumisse uma conotação mais sombria em alguns contextos.
Século XVIII
No século XVIII, o rosa passou a ser associado à sensualidade e à feminilidade. Retratistas famosos como François Boucher e George Romney usaram a cor para pintar figuras icônicas como Madame de Pompadour e Lady Hamilton, amantes de figuras importantes da história europeia.
Madame de Pompadour, em particular, fez do rosa sua cor característica, popularizando o tom na corte francesa. A cor tornou-se, então, um símbolo de luxo e sofisticação, mas também de fragilidade e charme feminino.
Século XIX
Curiosamente, no século XIX, o rosa era predominantemente usado por meninos, especialmente na Inglaterra. As roupas infantis, geralmente brancas, eram enfeitadas com fitas e detalhes em rosa, enquanto o azul, uma cor mais suave e associada à Virgem Maria, era destinado às meninas.
Durante essa época, o rosa ainda carregava uma forte conexão com o poder e a masculinidade, em oposição à visão que temos hoje.
Século XX
O século XX marcou o renascimento do rosa como uma cor vibrante e inovadora. Com a criação de corantes químicos, a tonalidade se tornou mais intensa e expressiva. Elsa Schiaparelli, uma designer italiana, introduziu o “rosa choque” em 1931, uma cor que rapidamente se tornou um símbolo de modernidade e ousadia.
O uso do rosa se expandiu ainda mais durante e após a Segunda Guerra Mundial, quando prisioneiros homossexuais nos campos de concentração nazistas eram obrigados a usar triângulos rosa como marcação.
Nos anos 70 e 80, o símbolo do triângulo rosa foi resgatado em manifestações contra a homofobia, transformando o rosa em uma cor associada à resistência e à luta por direitos.
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